domingo, 24 de maio de 2009

Michelle Obama, uma nova primeira-dama




Ao longo dos tempos, já vimos vários tipos de primeiras-damas em muitos governos. Nos Estados Unidos, devido a sua forte tradição, as esposas dos presidentes, normalmente, exercem papéis secundários, de representação social ou em missões diplomáticas, mas, quase sempre, em atividades de pouca importância conceitual para o país e para o mundo.
Muitas redecoram os ambientes que lhes competem, recebem artistas e estimulam a atividade caritativa ou solidária, e posam ao lado dos maridos, olhando-os com admiração, mas sempre em um segundo plano.
Atualmente, além do furacão Obama, que colocou um negro na presidência de uma das nações mais racistas do planeta, uma outra mudança radical se nota na Casa Branca.
A primeira-dama não aceita o papel tradicional. Ela é discreta, simpática, fotografa com facilidade para enfeitar revistas de moda, e estimula a população de seu país a superar a crise gerada pelos especuladores e picaretas, que quebraram o governo americano, e de muitos outros paises.
Mas algo diferente se nota naquele recinto, misto de palácio de despachos e residência oficial.
Michelle Obama está introduzindo um novo conceito de produção alimentar, justamente numa nação dominada pela fast-food e pelos alimentos ricos em sal e gordura.
Ela mandou implantar uma horta de produtos orgânicos, isso mesmo, orgânicos!
Essa inovação, mesmo parecendo pequena, uma horta orgânica numa nação de conservantes e “embelezantes” artificiais, representa algo muito importante.
Não é só uma nova primeira-dama, é uma nova maneira de pensar, uma nova concepção de vida, uma inovadora direção a ser seguida por toda uma sociedade, em plena crise e que procura ardentemente por opções novidadeiras.
Captando muito bem esse momento, Michelle Obama percebe que pode sugerir a seus cidadãos novos hábitos mais saudáveis, mais baratos, mais fáceis de produzir e que se pode fazê-lo em hortas caseiras, domiciliares, em qualquer pequeno espaço.
Enquanto seu marido, Barack Obama, comanda uma série de mudanças no poder americano, fechando a prisão de Guantanamo, em Cuba, exigindo modelos de carros mais econômicos, que rodem 15 quilômetros por litro de combustível, exigindo um estado para o povo Palestino, Michelle exerce seu papel, auxiliando o governo com novas maneiras de produzir alimentos, acessíveis para todos e incentivando o uso de métodos não poluentes e sem a adição de defensivos agrícolas.
Assim como Barack Obama se elegeu utilizando um mutirão eletrônico, via internet, de milhões de americanos, que queriam a mudança, Michelle lança, e usa, outras formas de redes, humana e social. Ela sabe que o apelo das palavras-de-ordem emanadas da Casa branca, recebem imensa aceitação da população daquele país, principalmente, neste momento de construção de alternativas às crises herdadas do irresponsável e prepotente governo Bush.
Esse momento da nação americana poderia servir de reflexão, e exemplo, para muitas outras primeiras-damas, que apenas ficam na sombra de seus maridos, ou à sombra das benesses e mordomias que desfrutam, mesmo em países que ainda possuem graves problemas de exclusão social, de falta de alimentos dignos e saudáveis.
Mesmo que fosse só por imitação, se poderia pensar em programas de alimentos orgânicos nas extensas áreas, normalmente ocupadas pelos enormes e ociosos jardins, puramente decorativos, de prédios governamentais.
Já que os governos, e outros poderes, apresentam baixas produtividades, executiva e legislativa, realizando de tudo, menos as prioridades gritantes da sociedade, quem sabe um plano alimentar, sem venenos e de baixo custo, seria uma forma de se resgatar, um pouco, do papel que governantes deveriam estar exercitando para cumprir as suas falsas promessas de campanha, e atender, pelo menos em parte, as verdadeiras e autênticas demandas sociais?
Maria Antonieta, em sua insânia palaciana, mandou seus súditos comerem brioches, diante das manifestações das massas esfaimadas, na França daquele tempo. Mas foi guilhotinada.
Nossos governantes, normalmente bem nutridos e fartamente alimentados, e morando com suas famílias em grandes e improdutivos palácios e residências oficiais, mantidos por inesgotáveis verbas públicas, bem que poderiam mandar, e estimular, os cidadãos comer alimentos orgânicos. Além de uma sugestão alimentar correta, estariam, quem sabe, evitando a guilhotina da não reeleição ou da perda do voto pela revolta da população.

sábado, 23 de maio de 2009

Alemanha - 60 anos de Democracia

Alemanha –60 anos de democracia – um exemplo para o mundo
Deutschland – 60 Jahre Demokratie – Beispiel führ die Welt

Hoje, 23 de maio de 2009, a Alemanha completa 60 anos de vida democrática. Em 23 de maio de 1949, a nação alemã, saindo do recente processo de destruição da segunda grande guerra, apenas quatro anos depois, promulgou a sua Lei Fundamental, a Constituição da Alemanha.
Todos sabemos o que foi a nazismo, o desatino cometido por Adolf Hitler, a destruição gerada por seus seguidores e a guerra causada por sua ambição desmedida. Ninguém esquece a segregação contra várias etnias e a execução de milhões de pessoas, gerada pelo totalitarismo que os nazistas imaginavam implantar em todos os países que viessem a dominar.
É por demais conhecido, em todo o mundo, o estigma que ainda pesa sobre o povo alemão, como uma herança trágica, de um tempo relativamente recente, como um vidro opaco, que não quer permitir que se veja o outro lado, clara e nitidamente. Estigma que não se deve somente aos fatos ocorridos entre 1933 e 1945.
Muito do preconceito contra a Alemanha ainda vem, e é alimentado, por iniciativas de outras sociedades, que procuram manter a lenda e o mito nazista, como se ele continuasse vivo naquela nação.
Como se nenhum outro pais, no mundo, tivesse passado por situações de desmandos de poder, de repulsivas execuções em massa, de violência contra civis, de prepotência, segregação e perseguição de diferentes. Como se nenhum outro país tivesse cometido atrocidades, destruição em massa de vidas humanas e bombardeio indiscriminado de nações inimigas, em estado de guerra, ou não.
E existem diferenças. Entre quem errou e procurou corrigir seus erros, e aqueles que erraram e escondem seus erros da opinião pública, manipulando a mídia e censurando a informação. Ou justificando como ameaça à segurança e à soberania.
E a Alemanha pagou caro seu erro. Foi dividida, ocupada, dominada e modificada. E assumiu tudo. Nada escondeu. Lá estão os museus do holocausto, as informações disponibilizadas aos pesquisadores e jornalistas.
Mas a Alemanha mostrou ao mundo qual a sua real natureza. Bastaram quatro anos após o encerramento da guerra, para que a cidadania alemã, comprometida com sua ancestralidade, história e identidade cultural, mostrasse a sua tentativa de superação.
O povo alemão, através do Conselho Parlamentar, aprovou a mudança.
Uma Lei Fundamental democrática, comprometida com a dignidade humana, com a ética, com o respeito pelo outro, com a liberdade individual de crenças e valores, com o espaço coletivo e com a preservação do patrimônio ambiental e cultural, foi aprovada e implantada.
Konrad Adenauer, o dirigente alemão, em 1949, teve a honra de promulgar o documento que viria a ser a Constituição Democrática Alemã.
O país de Ludwig van Bethoven, de Friedrich Schiller, precisava reagir e mostrar ao mundo a sua verdadeira identidade. Assim como as maravilhosas peças musicais com que Bethoven e outros grandes artistas presentearam a humanidade, Schiller e outros inúmeros artistas da palavra, deixaram lindos poemas e textos, com os quais todos se maravilham, sempre que os lêem e relêem.
Mas a Alemanha não parou. Ela mudou e inovou, literalmente. Hoje, é um dos países que mais investem em inovação. Em todos os campos do conhecimento, da pesquisa e da industrialização. O avanço da pesquisa em design faz com que a área seja reconhecida como uma das que mais se desenvolveu.
A legislação ambiental, forte e conscientizadora, motiva vibrantes debates, e embates, no democrático espaço do parlamento alemão.
O cuidado com a transparência da informação, faz da Deutsche Welle uma emissora que se destaca entre todas as estações internacionais. Além disso, trabalha muito bem o noticiário sobre muitos países, em vários idiomas, transmitindo programas de análise e crítica conjuntural, sempre tão necessárias, como é o “Quadriga”, um mosaico jornalístico global, ponderado e abrangente.
A moda e o cinema são duas áreas em permanente evolução, que oferecem ao mundo belas peças, em tecidos e filmes, para deleite e aprendizado.
O recente filme “A Queda”, com o magistral Bruno Ganz, além da excelente técnica cinematográfica, comprova a atitude correta e honesta, de oferecer um retrospecto do absurdo imposto pelos nazistas e da conseqüente destruição da Europa e da própria Alemanha.
O campo da música continua rico e pujante, oferecendo fantásticas interpretações como as competentes Anne-Sophie Mutter e Julia Fischer, no violino e piano, e a bela e expressiva Alexandra Maria Lara, no cinema.
E falando nas mulheres, esse é um dos destaques daquele país. O significativo numero de mulheres que participam em igualdade de condições, no mercado de trabalho, na arte, na inovação tecnológica, no design, moda e muitos outros setores produtivos e artísticos.
A Alemanha transformou-se num centro de desenvolvimento com respeito humano e uma grande parceira do desenvolvimento sustentável.
Ou seja, tudo que aqui citamos e sobre o que pudemos refletir, demonstra que a Nação Alemã, sessenta anos depois de implantar a sua Lei Fundamental, superou todas as situações anteriores, sendo hoje um exemplo de democracia para todas as demais Nações do Mundo.

Danilo Aronovich Cunha
Florianópolis – Santa Catarina – Brasil
http://www.danilocunha.com.br/
http://www.danilocunha.blogspot.com/
danilocunha@terra.com.br



sábado, 2 de maio de 2009

Bens Públicos e Interesses Privados


Bem público e bem comum, deveriam ser os principais objetivos, e ocupações, de quem está em cargos públicos, principalmente, os eleitos para isso.
Os políticos, que não cumprem seus compromissos com a sociedade que os elegeu, são maus cidadãos, ferem as leis da nação brasileira e enganam os eleitores. Portanto, são infratores que devem ser punidos legal e eleitoralmente.
O abandono do meio ambiente, a destruição de locais que servem para a saúde e o bem estar das pessoas, a transformação de áreas bonitas e agradáveis, em estradas e obras, puramente funcionais, baixam o nível da qualidade de vida e diminuem as opções de lazer e convívio.
Rios contaminados, sem receber qualquer atenção das áreas responsáveis, estradas sem calçadas para pedestres, aterros indecentes, que destróem paisagens e locais para pessoas, transporte inadequado para os cidadãos, que só atendem interesses de lucro para quem os explora, esses e muitos outros exemplos, bem demonstram a dissociação, o afastamento, da ação de governantes e legisladores, que deveriam estar zelando pelos interesses gerais da sociedade, e não só pelos interesses economicos, e de poder, daqueles pequenos grupos que os financiaram. Sim, pois quem os elegeu foram os cidadãos e eleitores, permanentemente ludibriados e esfolados por impostos, taxas e recursos mal empregados.
Assim como os elegemos vamos tirá-los dos cargos e poder que ele ocuparam, ou continuam ocupando, e nos quais traíram a confiança dos eleitores.
Vamos renovar os eleitos, vamos escolher novas pessoas, com novos compromissos. Compromissos com as pessoas, com a qualidade de vida e com nosso futuro, de nossos filhos e netos.
Qieremos deixar um país melhor para todos, portanto, precisamos escolher melhores políticos e governantes, do que esses, que descumpriram seus compromissos e promessas, e que ,ainda, aí estão.
Esses, já mostraram a que vieram, e não foram aprovados pelos eleitores.
Esses, só querem poder e mordomias, para si e familiares, com o dinheiro do povo.
Com certeza, temos melhores opções de vida.
Nossas existências são muito maiores, e mais nobres, que os quatro ou oitos anos de suas gestões ou mandatos.
Vamos buscá-las e implantá-las em nossa sociedade brasileira.
A Nação, sociedade e território, merecem respeito e seriedade.