segunda-feira, 27 de abril de 2009

Reflexão atual sobre o futuro do Brasil


"Não podemos direcionar o vento, mas podemos posicionar nossas velas"
Este texto é uma reflexão sobre os caminhos da vida e as possibilidades de nossas escolhas. Não só as possibilidades, mas a necessidade de optarmos por, e resgatarmos, valores decentes e relacionamentos abertos e verdadeiros.
Não podemos deixar que nossa vida perca qualidade e seja guiada por espertezas ou soluções imediatistas e de baixo nível, que só interessam a quem quer poder ou facilidades indevidas.
É necessário resgatar conceitos de verdade, honestidade, mérito e responsabilidade. E só tem uma maneira de isso acontecer.
É por nossa vontade, por nossa determinação e por nossas ESCOLHAS. Isso mesmo, por nossas ESCOLHAS. Não podemos trocar a nossa capacidade consciente de ESCOLHER, pelos interesses menores de ADERIR.
O avanço qualitativo das sociedades sempre ocorreu devido à democrática possibilidade das escolhas, através do VOTO e da participação consciente. A ADESÃO simples e interesseira, ou alienada, é a destruição das nossas capacidades de eleger opções para o futuro de nossas vidas, de nossos filhos e de nossos netos.
ESCOLHA é cidadania, avanço e civilização. ADESÃO simples e rasteira é a condenação à morte da democracia e do avanço para toda a sociedade. O FASCISMO e o NAZISMO foram construídos pela ADESÃO, do medo, mas também da acomodação e da covardia. Nas sociedades mais avançadas, e tidas como de "primeiro mundo", esse estado de coisas não ocorreu por milagre ou por pequenos favores. Essa construção levou tempo, participação e ESCOLHAS. E necessita de permanente participação e vigilância dos cidadãos.
ESCOLHER é selecionar, é ter que avaliar e pesar as possibilidades, é não se deixar levar por gestos fáceis e pela adulação gratuita. ESCOLHER é ler propostas, aprofundar análises, estudar a coerência entre discurso e prática e ter a coragem de tomar decisões, mesmo que tendo que romper com pessoas ou partidos, ou organizações, que se comprometeram com determinadas propostas e mudaram suas posturas, optando pela acomodação, pela corrupção e pela deformação da sociedade democrática e republicana, somente por seus instintos de mais poder e seus baixos sentimentos de mais riqueza pessoal ou familiar. Nosso país e nossa sociedade precisam melhorar.
Precisamos garantir nossa qualidade de vida e isso passa por nosso ambiente natural e por garantir princípios de convivio social baseados na ética, no respeito, no acatamento dos principios legais e morais. Leiam e pensem, passem adiante e convidem todos a ler e pensar.
Vamos exercer nosso direito, e nossa obrigação cidadã, de fazermos nossas ESCOLHAS, que ajudarão a construir um futuro digno e ético.



quinta-feira, 23 de abril de 2009

Gestão estratégica - o saber como insumo

A gestão de empresas e do estado terão que enfrentar, juntos, os desafios de lançar novas bases para a elaboração de políticas publicas e privadas.
Não se pode mais compreender um setor privado, completamente independente da área pública, depois da atuação salvadora do Estado, no socorro a bancos e organizações privadas. Ambos terão que conviver mais estreitamente e desenvolver competências conjuntas e capacidades analíticas mais abrangentes e detalhadas.
A capacidade do estado de intervir na economia se contrapõe à enorme demanda que a sociedade da vida mais longa e da massa de envelhecidos e aposentados exigirá dos cofres públicos.
Todos os sistemas de saúde e seguridade social falirão nos próximos 10 anos se não forem revistas as condições de sua criação e funcionamento.
Os investimentos de Estado nas questões ambientais e de preservação de reservas d’água e mananciais, deixarão de ser preocupações de governos para serem questões estratégicas de governança, tanto privada quanto pública.
Os municípios, onde vivem as pessoas e onde 84% da vida é resolvida, passam por um processo de envelhecimento de suas equipes e métodos. O empobrecimento de suas gestões, se nada for feito, garantirá que o problema de gestão municipal será um dos grandes óbices para o funcionamento de empresas e suas
áreas de logística e captação de insumos.
O século XXI está confirmando a tendência dos anos 80 e 90, do século XX.
Grandes mudanças (tais como o muro de Berlim) não anunciam os impactos com muita antecedência.
Elas ocorrem por um efeito cumulativo, muitas vezes pouco analisado e avaliado, portanto pouco compreendido.
A questão financeira, já estudada por economistas como Paul Kruger, reforçada pela quebra de empresas tradicionais e pelo quase escândalo da Enrom, e muitos casos menos noticiados, gerou a massa crítica para a crise atual. agravada pelo comportamento do consumidor, ávido de patrimônio e de satisfação de impulsos, associado à especulaçao e visão de curto prazo e ganhos imediatos.
A questão ambiental, geração de calor e pouca atenção à reservas de água, tem tudo para repetir a crise financeira, só que em escala bem maior e mais dramática para o meio produtivo e para os consumidores.
A questão da corrupção segue o mesmo rumo. A sociedade se dissocia das camadas políticas legislativas/executivas e o rumo da sociedade vai sendo guiado por ambições pessoais, de parâmetros antigos e atávicos do ser humano, sem a racionalidade desenvolvida no século XX e dominada por um primarismo comportamental.
A gestão estratégica terá que ser mais abrangente, dispor de mais estudos sobre a realidade da vida nas cidades, interferir e interagir mais com os planejamentos estatais e governamentais e, além das ferramentas
tradicionais de prospecção de opinião pública para marketing e vendas, deverá se equipar com análises de conjuntura, e estrutura, sócio/econômica/ política/ambiental, para participar ativamente do planejamento e construção de opções de desenvolvimento de mercado.
Ou seja, a construção de condições objetivas de produção e consumo dependerá de uma nova concepção intelectual, e cultural, da empresa e sua atuação na sociedade.
A construção do saber terá que ser apropriada pela gestão.
Insumos geram informação, que gera conhecimento que construirá um saber.
Ultrapassamos a sociedade da gestão do conhecimento.
Agora temos que entrar na gestão do saber. Articulado e dinâmico, para produzir um novo mundo. Competente e preservado.